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terça-feira, março 17, 2020

História do sobrenome Mattos ou Matos


De acordo com os grandes genealogistas como o Visconde de Sanches de Baena, genealogista português, em sua obra "Archivo Heráldico-Genealógico", a família Mattos tomou o sobrenome da Quinta Mattos, na freguesia de São Cibram, da Comarca de Lamego.
A referida quinta foi fundação de Dom Paio Viegas, cujo filho, Dom Hermígio Paes de Mattos, foi o primeiro que assim se apelidou.
Fizeram jus a brasão de armas em Portugal, devidamente registrado no Livro da Torre do Tombo, a folha 23.


Família das mais antigas de Portugal, pois descende dos reis do Reino de Leão, por D. Hermigo Alboazar, senhor do castelo de Távora, e de sua mulher, D. Dórdia Osores,
de quem foi filho D. Egas Hermigues. Este D. Egas, bisneto por varonia de rei D. Ramiro II do Reino de Leão, casou com D. Gontinha Eriz, filha de D. Ero, conde de Lugo e um dos maiores senhores do seu tempo. Pelo seu grande valor foi D. Egas Hermigues chmado de o Bravo.
Fundou o mosteiro do Freixo, com sua mulher, de que teve D. Paio Viegas, herdado do conselho de Argos, comarca de Lamego, onde fêz a quinta de Matos, na qual viveu. Do seu matrimônio nasceu D. Hermigo Pais de Mattos, sucessor da casa paterna e primeiro do apelido, que tomou da quinta cujo senhorio tinha. Foi, também, senhor das quintas do Amaral e de Cardoso e muito devoto do mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra, pelo que os cónegosregrantes de Santo Agostinho lhe deram carta de seu familiar, a fim de poder lograr as indulgências concedidas pelos Papas aos familiares da ordem. No livro dos óbitos do mesmo mosteiro, chamnado-se-lhe <> se refere a sua morte, ocorrida em as nonas de Novembro.
Teve do seu casamento vários filhos, dois dos quais foram, respectivamente progenitores dos Amarais e dos Cardosos, por lhes terem cabido os senhorios das quintas do Amaral e de Cardoso, de que tomaram seus apelidos.
O filho mais velho, Paio Hermigues de Mattos, sucedeu no senhorio da quinta de Mattos e no de Rousais, viveu em tempo de D. Sancho II e D. Afonso III, foi senhor do casal de Neomais, trazendo as referidas quintas por honra, como se vê das Inquirições, em que se lhe chama miles, e tinha muitas herdades, compradas a Martim Anes, João Moniz, João Gonçalves e Pedro Feio, situada em Ruivães, termo de Vila Boa, e na Vila de Santa Maria. Do seu Matrimônio houve geração que propagou o sobrenome Mattos.

segunda-feira, agosto 06, 2018

Origem do Sobrenome Mattos ou Matos





A origem do sobrenome Mattos ou Matos é toponímica. Foi retirado de um lugar com essa designação, na comarca de Lamego em Portugal. Provém de D. Egas Hermigues, bisneto do rei Ramiro II, do Reino de Leão. D. Egas era de grande valentia e teve a alcunha de o "Bravo". Fundou o convento do Freixo e fez a quinta Mattos. Seu filho e herdeiro D.Hermígio Pais de Matos seguiu a linhagem. Existem documentos de Paio Hermigues de Matos, contemporâneo dos Reis D.Sancho II e D. Alfonso III. D. Hermigio de Matos era senhor daquela quinta e tinha outras por honra. Mattos, Matos...

Como se verifica pelas Inquirições, na sua descendência se continuou o uso desse sobrenome. As armas do brasão usado pelos descendentes deste sobrenome são: De vermelho, com um pinheiro de verde, sustido por dois leões de ouro, armados e lampassados, afrontados.




Manuel de Souza da Silva deixou, em louvor dessa família, os seguintes versos:

O lugar de Matos tem
De Aregos no julgado
O solar assinalado
De Matos, e dele vem.
Todo o seu grêmio honrado.

quinta-feira, abril 28, 2011

Reflexões a Partir do Comentário Sobre o Vídeo.

Postei este vídeo do Chiclete com Banana cantando Voa Voa no youtube que eu apareço e que é o vídeo mais visto do Chiclete com Banana. E recebi o seguinte comentário de um sujeito no meu vídeo:

Vocês são 100% idiotas, agradeço a Deus por ter coisa ruim como essa, para dar valor a minha sagrada música. o que essa porra faz não é e nunca será música, o que esses panacas fazem é animar festa, para um bando de burguesinhos e pobres "metidos" , que não sabem nem por que estão ocupando espaço nessa maldita terra, esse é o caminho mais fácil para a ignorancia, a pobreza mental moral e cultural. tenho pena de vocês. vocês não tem nada de novo, são pessoas desinteressantes e irritantes.
Essa foi a resposta que ele recebeu de uma ex-namorada minha:
Acredito que não há nada de mais interessante do que a sua singularidade, sua capacidade de agir e reagir ao mundo de acordo com a sua percepção, seus gostos e identificações, as relações humanas se produzem assim: a partir do encontro de singularidades.
Desta maneira, não creio que a intolerância, o preconceito e a arrogância sejam caminhos que possibilitem as relações humanas. Reconhecer as singularidades, respeitar as diferenças e as escolhas dos sujeitos, além de princípios constitucionais são principio de sobrevivência.
Numa Democracia, e continuo acreditando que vivemos em uma, a possibilidade de manifestação do desejo e das opiniões é legítima. A História da humanidade mostra quantos crimes religiosos, políticos e raciais já foram cometidos em nome de uma pseudo-superiodade que não tolera as diferenças e crê ser a única representante da "verdade".
Diante do comentário feito, e dos preconceitos sociais e culturais manifestados através do mesmo, gostaria de lembrar que antes de classificarmos uma música como boa ou ruim, precisamos notar que por trás dela existem pessoas, gostos e singularidades. Existem compositores, letristas, produtores, técnicos de som, divulgadores, seguranças.. e o público... todos brasileiros, trabalhadores, empregados e empregadores, pessoas que ajudam a movimentar a economia do país através de uma atividade Legal , honesta e avalizada pelo poder público.
E quanto ao fato de somente "animarem a festa", acho que com tantas mazelas sociais há quem necessite de um momento de diversão, de encontro com os amigos e de socialização, e o povo brasileiro necessita disso, sim... necessita do Carnaval, do Maracanã lotado onde as classes sociais se misturam e dividem o mesmo pedaço de cimento de uma arquibancada, necessita do Reveillon de Copacabana, onde credos e crenças se misturam, onde pobres e ricos, eruditos e populares olham para o céu em busca de esperança e de um futuro melhor...
Acredito que viver vale a pena, que Socializar é preciso, e que discriminar, não é preciso.
Sartre nos diz que o inferno é o outro, mas é no encontro com o outro que existimos e que nos reconhecemos como sujeito. Prefiro o inferno do convívio com o outro, do Maracanã lotado, do som contagiante das baterias de escola de samba, dos rumores dos atabaques da Bahia e da multidão atrás dos Trios, do que a calmaria do paraíso que aprisiona, exclui e afasta o outro, que nos encarcera em apartamentos "seguros", fazendo conhecer o mundo através de uma tela de computador ou de t.v.
Viver é mais, é ser livre para fazer escolhas, e experenciar a realidade, cabe a cada um decidir se deseja viver como um réquiem triste da morte ou no compasso acelerado da vida, repleto de variações, acordes, tons e semi-tons que dão um colorido especial a essa linda e rica harmonia chamada vida.
Valeska Karrer

sábado, março 27, 2010

Fatax x Nietzsche x Dan Brown - A Morte de Deus

Deus morreu. Sim, Deus morreu e Nietzsche me contou.

QUANDO NIETZSCHE me contou ele CHOROU.


Certo dia estava passeando por ai pela noite fora do corpo quando me encontrei com Friendrich Nietzsche.

Lá estava também Dan Brown.

Paramos e conversamos.

- Deus morreu! Nietzsche me contou e logo depois que me contou ele chorou. - Eu disse.

- Deus não morreu. Ele sempre existiu e sempre existirá. Ele é o coletivo de todas as consciências. A junção disso tudo. Nós somos deuses. Pois na Bíblia fala que Deus fez o homem a sua imagem e semelhança. - Disse Dan Brown e continuou - Apoteose é a palavra que significa literalmente “transformação divina” o homem que se torna deus. Vem do grego antigo apo, que significa “tornar-se”, e theos, deus. -

- Deus morreu sim. - Interrompeu Nietzche. - Como pode Deus existir se existem tantas pessoas passando fome e sofrendo no mundo? Se Deus existisse ele não deixaria isso acontecer. Como pode Deus existir se existe tanta injustiça? O quão irresponsável seria Deus pra deixar isso? A crença em Deus é apenas uma necessidade das pessoas de escapar de seus medos. Quando elas estão com medo elas acham que "Deus" vai protegê-las e assim aliviam seus medos. -

- Eu sei que Deus é a figura paterna que continua nas pessoas mesmo depois que elas perdem o pai. - Eu disse.

- Como algumas crianças acreditam em Papai Noel. Ele é uma espécie de pai tb que dá os presentes. Só que esse foi contado que era mentira. Mesmo Deus tendo morrido as pessoas vão continuar acreditando nele e achando que ele ainda existe. - Disse Nietzsche.

- Ou se existir, isso deve ser um símbolo perdido pelo homem. - Eu disse à Dan Brown.

- Deus não existe. - Disse Nietzsche.

- Daqui a pouco vc vai dizer tb que o homem está solitário no universo... - Eu disse à Nietzsche.

- Pelo contrário. Existem milhões da galáxias como a nossa com bilhões de planetas como a Terra. A Terra é como uma poeira no universo e não tem nada de especial em relação aos outros planetas medíocres com seres ordinários como o homem e os outros animais. Mas Deus não existe mais. - Afirmou Nietzche. - Ele morreu! -

- Se Deus morreu então, por favor, me diga. Quem matou Deus? - Disse Dan Brown.

- Eu estava passando outro dia na rua quando vi. Foi um homem alto de olhos azuis e cabelo castanho. - Disse Nietzsche.

- Mas esse homem é um assassino! Temos que procurá-lo e acabar com ele! Qual o nome dele? - Eu disse.

- Tenho medo de falar e receber repreensões por isso. - Disse Nietzsche.

- FALE!!! - Gritamos eu e Dan Brown.

- Eu posso até falar, mas vcs não podem falar que fui eu que falei. É segredo! A pessoa que matou Deus eu vi. Vestia uma camisa de manga comprida com uma calça esporte e seu nome era Adão. -

- Como assim? O primeiro homem que veio a Terra matou o seu criador! Isso é uma barbaridade! A criação matou o criador! - Eu disse.

- Veja bem Fatax. - Disse Dan Brown. - Como o meu personagem Robert Langdon, vou decodificar o que o Nietzsche está falando. Pois ele está falando em códigos. Ele está usando uma metáfora. Adão, vem da palavra Adam. Adam vem do hebreu que quer dizer homem. Adam significa homem. Que é literalmente “aquele que foi formado do chão”. Nietzsche está falando que o homem matou Deus. Nós matamos Deus! -

- Como assim nós matamos Deus? Se isso for verdade que tamanho grande castigo nós mereceríamos? E não seria isso tb uma metáfora da Bíblia, mano Brown? - Eu disse.

- Não sei pq não fui eu que escrevi os textos da Bíblia antes do rei Constantino de Roma reuni-los. A Bíblia é o livro mais cheio de códigos que já existiu na face da Terra. - Disse Dan Brown.

- O castigo é feito até hoje. Nós somos castigados todo dia pela nossa própria consciência. - Disse Nietzsche.

- De fato o homem matou Deus se Jesus era Deus. - Disse Dan Brown.

- Se nós somos castigados pela nossa própria consciência, que é Deus como pode nós mesmos termos matado Deus e ser castigados por ele próprio? - Eu disse à Nietzsche.

- Quem disse que Deus é a consciência coletiva dos homens foi Dan Brown, não eu. Ele na verdade parece concordar comigo que Deus não existe mais com essas palavras! -

- A consciência coletiva do homem é que é na verdade Deus. E esse é o grande segredo. Quem compreende isso é capaz de ter não só grandes fortunas quanto qualquer coisa que quiser. - Disse Dan Brown.

- Deus morreu e a consciência coletiva do homem não existe mais. O homem matou Deus quando deixou de amar ao próximo e com isso consequentemente a si, ao deixar as pessoas morrerem de fome e sofrerem. O homem foi o grande assassino de Deus! E com isso ele está matando a si mesmo também! - Finalizou Nietzsche.

sexta-feira, março 26, 2010

Teoria da Hiper-Relatividade e Hiper-Tempo


Vcs conhecem a Teoria da Hiper-Relatividade?

Não???

Claro. Eu ainda não a contei a ninguém!

Pois vou contar a vcs em primeira mão a Teoria da Hiper-Relatividade...

Para entender essa teoria vamos primeiro entender a Teoria da Realatividade.

De acordo com Albert Einstein, na Teoria da Relatividade tudo é relativo. Inclusive o espaço e o tempo.

Se uma pessoa se aproximar em alguma espécie de nave a velocidade da luz, se ela tiver um relógio, o quanto mais próximo da velocidade da luz ela chegar mais lento o ponteiro do relógio vai andar. E se ela chegar a velocidade da luz esse relógio irá ficar parado. Se essa pessoa ultrapassar a velocidade da luz essa pessoa vai viajar no tempo para o futuro. Pois a luz é ponto de referência que mede o espaço/tempo.

Se, por exemplo, uma pessoa que tiver um irmão gêmeo viajar para o espaço e ficar lá 10 anos quando ela voltar ela só vai ter envelhecido o tempo que ela ficou mas o irmão gêmeo dela terá envelhecido muito mais pois os 10 anos lá no espaço foram equivalente a uns 30 anos aqui na Terra.

E em outros planetas o tempo passa diferente tb. Mais rapido ou mais devagar se passam os dias e noites de acordo com a dimenção do planeta, seu espaço e a gravidade.

Pois tudo é relativo. Até o tempo.

Uma vez perguntaram a Einstein sobre a Teoria da Relatividade e ele respondeu:

Se um homem senta do lado de uma mulher bonita durante uma hora, essa uma hora pra ele passou um minuto. Mas se esse mesmo homem senta em uma chapa quente durante um minuto, esse minuto pra ele passou como uma hora. Isso é relatividade.

Pois bem, se segundo a Teoria da Relatividade, tudo é relativo inclusive o tempo.

Na Teoria da Hiper-Relativiade o teórico (leia-se eu) diz que a hiper-realidade influencia na percepção de tempo em que nos temos em nossa mente fazendo com que por causa dos elementos tecnológicas do mundo pós moderno que aparecem para ocupar nosso tempo nós fazemos uma hiper-realidade do tempo fazendo uma hiper-relatividade do tempo. O tempo torna-se para nós então um hiper-tempo. Pois o tempo começa a passar de forma mais rápida para nós, do que ele realmente passa. Pois são tantas coisas para ocupar o nosso tempo que nós não percebemos o tempo passar. Isso é hiper-relatividade.

Vou dar um exemplo de hiper-relatividade.

Se vc espera em uma fila gigante do banco para fazer um pagamento ou algo assim essa fila demora horas e vc fica querendo com que sua vez chegue logo e ela parece não chegar nunca.

Mas se vc pega o seu aparelho de celular e faz uma realidade aumentada em forma de jogar algum jogo no celular ou conversar no msn com seus amigos pelo celular essa hora passa em poucos minutos e vc quase perde a vez de fazer o pagamento pois o hiper-tempo passou de forma diferente do tempo e vc não percebeu o tempo passando e a sua vez sendo chamada. A hiper-realatividade então é auxiliada geralmente por objetos que fazem realidade virtual, realidade aumentada ou realidade misturada.

E é isso que vem acontecendo nos dias de hoje. Antigamente quando não existia internet nem nada desse tipo o tempo parecia passar de forma devagar e um ano demorava muito pra passar.

Hoje em dia com jogos, internet, celular e mais um monte de coisas reais pra fazer e se ocupar, estamos ocupados o tempo todo e quando menos esperamos o ano já está acabando. É como se fossemos ao espaço como na história dos irmãos gêmeos enquanto estamos nos divertindo com coisas de realidade virtual. Pois a nossa ilusão faz com que nós não percebemos o tempo passar. Faz-se então na nossa cabeça o hiper-tempo.

A hiper-relatividade é quando percebemos de forma diferente qualquer coisa do mundo real como o tempo, por causa de uma ilusão em que criamos em nossa mente, causado por elementos de realidade virtual, realidade aumentada ou realidade misturada. Como jogos de video game, jogos de celular, internet, etc.

O ano para nós passa muito mais rápido hoje em dia do que antigamente por causa da hiper-relatividade.

Dedico essa teoria ao professor Klaus Rabello da ESPM Rio pelo apoio.

O Hiper-Tempo

Hiper-tempo é uma teoria desenvolvida por mim que é uma ilusão do tempo. É o tempo que passa apenas na nossa mente.
É a nossa percepção de tempo diferente do tempo cronológico.
Quando, por exemplo, uma pessoa está deitada e acha que passou 5 minutos quando no tempo do relógio se passou meia hora e vice versa.
Essa teoria leva o nome de hiper-tempo por causa da hiper-realidade.
Se na hiper-realidade percebemos a realidade diferente de como ela é, no hiper-tempo também temos uma percepção diferente do tempo real.

quinta-feira, março 25, 2010

O Sapo e a Hiper-Realidade



A hiper-realidade é um conceito da filosofia contemporânea que é difundido por alguns teóricos como Jean Baudrillard, Albert Borgmann, Daniel Boorstin e Umberto Eco.
A hiper-realidade é quando vemos a realidade e a percebemos de um modo em que fantasiamos essa realidade existente. Então essa realidade passa a ficar diferente da realidade existente e mais próximo de um mundo em que sonhamos. Percebemos a realidade mais próxima aos nossos sonhos do que da realidade em si. Isso se chama hiper-realidade.
Alguns exemplos existentes hoje de hiper-realidade são a Disney World, uma árvore de Natal de plástico que parece ser mais bonita do que a árvore de Natal de verdade, revistas com fotos de modelos que são retocados por computador, um jardim impecável, como se tivesse ido à manicure, algumas cidades como Brasília e Las Vegas e por incrível que pareça o próprio Central Park. Pois o Central Park em NY embora muita gente não saiba ele é artificial e não tem nada de natural. Os lagos fontes e cachoeiras lá são ligados ou desligados por botões e torneiras. Quando chove muito eles fecham as torneiras de algumas cachoeiras para os lagos não transbordem. E muitos americanos não sabem disso. Passam por lá achando que tudo é natural e nem se dão conta de que estão em uma hiper-realidade.
Muitas vezes estamos em uma hiper-realidade e nem nos damos conta. Quando bebemos um refrigerante como por exemplo, Soda sabor cereja, na verdade nenhuma cereja foi colocada no refrigerante e bebemos um sabor artificial de cereja. Achamos que estamos bebendo algo que foi feito de cereja e na verdade não foi. Mais uma vez entramos na hiper-realidade sem nem nos darmos conta que entramos. No mundo atual a maioria das vezes em que entramos na hiper-realidade nem percebemos que entramos nela.
É como a estória do sapo e da água quente. Se colocarmos um sapo na água quente ele percebe a realidade e pula fora. Mas se o colocarmos em uma água morna e formos aquelcendo aos pouquinhos ele vai ficar lá até a água ferver ou que alguém o tire antes de morrer. Pois ele não percebe a hiper-realidade e acha que ainda está na água morna.
É o que está acontecendo com nós. Nós não estamos percebendo a hiper-realidade e todos os anos gastamos dinheiro com coisas superflúas como jogos, viagens, cassinos em Las Vegas, roupas caras, produtos de luxo, etc que são elementos da hiper-realidade. Até ai tudo bem. O problema é que tem muita gente falindo por causa de jogos e do consumismo do mundo odierno. Esse é só um dos males que a hiper-realidade pode fazer. Outro mal é o super aquecimento global quando emitimos CO2 para a atmosfera e estamos causando o super aquecimento do planeta. Estamos aquecendo em nosso planeta sem perceber e fantasiando uma hiper-realidade de que está tudo normal em nosso planeta como na estória do sapo que não percebeu a hiper-realidade...
As concequencia da realidade já chegaram ao Brasil como o furacão Catarina que aconteceu em Muitos Capões no Rio Grande do Sul, secas que aconteceram em Santa Catarina e no Nordeste matando gados e o nivel do mar já subiu cerca de dois metros invadindo o continente. Se a Groelandia e os polos derreterem vai aumentar mais de seis metros e isso acaba com muitas cidades costeiras.
A hiper-realidade acontece com todos nós. Nós sempre fantasiamos o mundo a nossa volta e nunca o percebemos como ele realmente o é.
A hiper-realidade é uma dependência psicológica que nós humanos temos para fugir da realidade. Uma realidade muitas vezes rotineira e monótona. Desde quando sonhamos com uma viagem a Disney ou quando vamos a academia ou tentamos emagrecer e algumas pessoas ficam doentes com anorexia pra ficar tão bonito quanto aquele ou aquela modelo que vimos em uma foto que foi retocada e que aquela beleza sequer não existe.
Isso está obcecando muitas pessoas e acabando com o planeta e com muitas vidas. E a maioria de nós nem estamos percebendo como o sapo da estória.
Até onde a hiper-realidade pode nos levar? O quanto ela nos faz mal?
Até quando ainda vamos viver em nossa hiper-realidade sem perceber a realidade a nossa volta?

quarta-feira, março 24, 2010

Hiper-Realidade - Uma introdução ao tema


O conceito de hiper-realidade nasceu em debates antigos sobre realidade e ilusão. Walter Benjamin foi um dos primeiros teórios a escrever sobre isso no estudo da mercadoria como um signo. Fazendo assim parte da semiótica. Benjamin ia escrevendo seus trabalhos sobre hiper-realidade quando tomou cianeto para escapar dos Nazistas na fronteira com a França em 1940. Os estudos foram finalizados mais tarde por Isidore Isou no inicio dos anos 50.
Os objetos de consumo como Nike Shox etc, tem um signo de valor que significa que eles indicam algo sobre o seu proprietário como gostos, estilo de vida etc. Como uma coroa é o significante para dar o significado de que ele é o rei. Isso é hiper-realidade. Porém na realidade a coroa por ela mesma é destituida de significado.
Foi o mesmo que aconteceu com o Bezerro de Ouro que era um signo sem significado nenhum e os hebreus deram a ele o significado de um Deus.
Parece contraditório um objeto de ouro não ter valor nem significado. Mas o próprio ouro é um signo que as pessoas atribuem significado de valor. Pois o ouro no contexto dessa hiper-realidade vale muito mais do que a comida e a água. Mas na realidade se acabar a água e os alimentos por causa do aquecimento global, por exemplo, nós não poderemos beber nem comer o ouro e então morreremos de cede e fome.
Signos de valor não possuem um signficado ou valor além dos que lhe são convencionados. Nos Países Baixos, aconteceu o que ficou conhecido como a Crise das Tulipas, em que as pessoas vendiam e hipotecavam casas para comprar as tulipas cujo preço não cessava de aumentar, apenas porque, em algum momento, alguém decidiu comercializá-las a um preço muito alto, que se alastrou por todo o país. Até que alguém percebeu que não tinha valor e resolveu vender suas tulipas. Isso causou uma reação em cadeia fazendo todo mundo querer vender suas tulipas e desvalorizando as tulipas fazendo elas voltarem ao preço normal. Muita gente perdeu dinheiro com isso.
Em semiótica e na filosofia , o hiper-realismo é um termo para descrever um indício de uma expansão da cultura pós-moderna. A hiper-realidade é um meio de perceber e caracterizara "realidade". Especificamente, quando uma percepção perde sua habilidade de distinguir a realidade da fantasia e passa a se relacionar mais com a fantasia do que com a realidade e não tendo muita compreenção da realidade. Acabando assim se deslocando para um mundo hiper-real. No mundo hiper-real acontece o "aperfeiçoamento" da realidade. Como por exemplo, uma foto de uma modelo que foi retocada no photoshop ou um jardim que foi aparado para parecer mais bonito do que ele realmente é. Alguns dos mais consagrados teóricos da corrente filosófica que falam sobre hiper-realidade são Jean Baudrillard, Albert Borgmann, Daniel Boorstin e Umberto Eco.

terça-feira, março 23, 2010

Os Bezerros de Ouro da Atualidade

O Bezerro de Ouro da época de Moisés foi um episódio em que quando Moisés subiu ao Monte Sinai pra conversar com Deus, os hebreus estavam adorando um outro deus. Uma estátua de um Bezerro de Ouro que não era deus nenhum e não tinha nenhum valor religioso.

Moisés então se enfureceu e jogou as placas dos dez mandamentos no chão.

No marketing e no mundo mercadológico de hoje em dia chamamos de Bezerro de Ouro todas as marcas que não tem valor nenhum mas que as pessoas endeusam essas marcas por causa do marketing e da publicidade como se elas tivessem um enorme valor.

Mas segue o meu pensamento...

Não seriam todas as marcas na verdade um grande Bezerro de Ouro? E o nosso próprio Deus outro Bezerro de Ouro?

Não quero entrar na discussão religiosa e prefiro me manter no assunto acadêmico. Vou só discursar sobre as marcas. Pois eu acredito em uma verdade natural da singularidade do universo e essa verdade eu chamo de Deus. Que é diferente do Deus da Bíblia. É algo parecido com a Força de Star Wars, mas não exatamente isso. E não é nenhum Bezerro de Ouro. Mas o que eu acredito sobre isso não vem ao caso, pois não é assunto acadêmico.

Porém no aspecto mercadológico eu acredito que todas as marcas são na verdade um Bezerro de Ouro!

Se todas as marcas não fossem um Bezerro de Ouro marcas que antes eram consideradas fortes como a GM não iam quebrar com uma simples crise.

E o que posso falar de marcas como a Varig? Que não tem nenhum avião. Tinha uma divida gigante e mesmo assim foi vendida por milhões? Ia sair muito mais barato começar uma empresa do zero, sem dividas e alugar novos aviões... Mas não teria o poder da marca. O que prova que a Varig é na verdade outro grande Bezerro de Ouro.

E o que é melhor? Ter a marca da Coca-cola sem o refrigerante ou o refrigerante sem a marca e poder comercializá-lo? Eu sem duvida optaria pela marca da Coca-cola e comercializar outro refrigerante.

Mas pra mim todas essas marcas são Bezerros de Ouros que colocamos em nossas mentes.

Acredito eu. Sem exceções... Quiçá o próprio Deus.

Adoração ao Bezerro de Ouro - Nicolas Poussim